A biomassa foi dos poucos produtos energéticos a ter um aumento nas quantidades exportadas em 2022.

Segundo o documento “Fatura Energética Portuguesa”, da Direção-Geral de Energia e Geologia (DGEG), num ano de “aumento generalizado dos preços dos produtos energéticos”, ocorreu um “aumento das quantidades (re)exportadas de gás natural em 113,3% e biomassa (+1%), face a 2021”.

Em termos de importações e relativamente a 2021, esse aumento também ocorreu, nomeadamente nas “quantidades importadas de petróleo bruto em 5,4%, refinados em 15,8%, energia elétrica em 36,5%, biomassa em 20,6%, biocombustível em 16,2% e o gás natural em 2,3%.

Na comparação entre anos, o aumento do saldo importador de produtos energéticos atingiu os 124,2% em euros. Só o carvão registou uma redução nas importações (-19,4%).

Simultaneamente, perante o “aumento significativo de todos preços internacionais dos produtos energéticos”, os valores das importações aumentaram 98,7%, em euros, face a 2021”.

Quanto ao valor médio das exportações, aumentou 64,3%, também em euros. “Verificou-se uma redução generalizada das quantidades exportadas, com exceção do gás natural (+113,3%) e da biomassa (+1%)”, como referido.

Assim, no ano passado, o saldo importador de produtos energéticos foi de 11 831 milhões de euros, um aumento de 124,2% em euros e 93,4% em dólares relativamente a 2021.

A Fatura Energética Portuguesa é uma publicação anual da DGEG, “com informação sobre preços, quantidades de importação e exportação por origem, do crude, produtos derivados do petróleo, carvão, gás natural, eletricidade e biomassa, visando, entre outros aspetos, o apuramento da nossa dependência energética face ao exterior, bem como o peso do saldo importador” em diferentes parâmetros.

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